Hoje, 23 de marƧo, na ocasiĆ£o do aniversĆ”rio de meu amigo e poeta JosĆ© de Castro, relembro este poema, escrito no inĆcio de 2008, em sua homenagem, e publicando no livro Era uma vez: Histórias infantis em Prosa e Verso, organizado por Ana Maria C. Bernardelli e FĆ”bio Gondim, em 2019.
O encantador de borboletas
Era uma vez um menininho
que tinha os olhos pintados
com a essência dos pÔssaros.
E tendo pƔssaros nos olhos
tinha vocação para nuvem.
Todas as manhãs
vestia-se do cƩu
e voava para alƩm de si.
Todos os seres alados
eram encantados
por sua presenƧa.
Encantados eram os seres de grandeza:
pƔssaros, Ɣguias e fadas.
E mais ainda os seres de pequeneza
mosquitos, joaninhas e, principalmente, borboletas.
Ćs vezes, me parecia
que as borboletas nasciam
no brincar com palavras do pequenino.
Hora outra, eu via
as borboletas tecerem poesia
dos seus dedinhos finos...
Até hoje não sei
a fonte dos seus encantos,
se era o perfume ou o colorido,
os olhos ou o sorriso-menino.
Mas uma coisa eu sei,
das histórias que ecoam
por todos os Brasis,
seja como fato, mito ou lenda
assim ficou conhecido
o menino JosƩ:
Encantador de Borboletas.
___
Sabe-se que certo dia,
lĆ” na pontinha do Brasil,
encontrou uma beleza rara,
não sei se sereia ou princesa
borboleta ou fada
que conseguiu o inusitado:
encantar o encantador.
Que, sem mais delongas,
virou poesia e voou
rumo ao horizonte dourado.
Outros dizem que ficou mesmo Ć© apaixonado.
E se teve um final feliz?
NĆ£o sei...
essa foi uma história que ouvi
enquanto o dia adormecia...
Diana Pilatti
03 de maio de 2008
Homenagem ao poeta José de Castro e Tânia Maria Batista Reinaldo.
Coletânea Era uma vez: Histórias infantis em Prosa e Verso, organizado por Ana Maria C. Bernardelli e FÔbio Gondim. Campo Grande/MS: Editora Life, 2019.
ISBN 978-85-8150-683-8
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